Amar: Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei...
Oh ! aquele menininho que dizia "Fessora, eu posso ir lá fora?" mas apenas ficava um momento bebendo o vento azul ... Agora não preciso pedir licença a ninguém. Mesmo porque não existe paisagem lá fora: somente cimento. O vento não mais me fareja a face como um cão amigo ... Mais o azul irreversivel persiste em meus olhos.
Hoje me acordei pensando em uma pedra numa rua de Calcutá. Numa determinada pedra numa rua de Calcutá. Solta. Sozinha. Quem repara nela? Só eu, que nunca fui lá. Só eu, deste lado do mundo, te mando agora esse pensamento... Minha pedra de Calcutá!